Escrevo da terra das feias, para as feias, as velhas, as machonas, as frígidas, as malfodidas, as infodíveis, as histéricas, as taradas, todas as excluídas do grande mercado das gajas boas. E começo por aqui para que as coisas sejam claras: não peço desculpa de nada, não me venho lamentar. Não troco o meu lugar com ninguém, porque ser Virginie Despentes parece-me uma tarefa mais interessante de cumprir do que qualquer outra.
As edições Orfeu Negro estreiam-se na área dos estudos queer e de género com uma interrogação frontal e feroz da sexualidade feminina por Virginie Despentes. Baseando-se na sua biografia, a autora de Baise-Moi contesta os discursos bem-comportados sobre a violação, a prostituição e a pornografia. Um manifesto iconoclasta e irreverente para um novo feminismo.