Editado por ocasião da exposição «Parque – Os cones e outros lugares», de Ricardo Jacinto [25 de Outubro 2014 – 11 de Janeiro 2015, na Plataforma das Artes e da Criatividade / CIAJG, Guimarães], produzida pelo Centro Internacional das Artes José de Guimarães.
A presente exposição revisita Parque, o mais amplo e complexo projecto de Ricardo Jacinto realizado até à data, e investe o território inexplorado que ficou desenhado quando o extenso colectivo de artistas e músicos que se reuniu em torno do autor se desmembrou. […] Constituindo-se seguramente como uma das mais fascinantes obras produzidas no contexto da arte contemporânea portuguesa na última década, Parque define-se como um espaço de criação colectiva e comunitária e desenvolveu-se praticamente sem interrupções entre 2001 e 2007, articulando um conjunto de três peças performativas principais com um conjunto de apresentações mais informais que documentavam as fontes, os materiais e os conceitos que consubstanciaram o projecto. Ricardo Jacinto cruza no seu trabalho escultura, arquitectura e música para criar peças em que o espectador é convocado para experiências perceptivas intensas e, por vezes, inusitadas.
[Nuno Faria]