[PT]
“Ao longo da sua história, a cidade do Porto foi construindo uma reputação de vanguardismo e liberdade sonora que conduziram à afirmação e ao reconhecimento de nomes fundamentais para a cultura portuguesa contemporânea. A Galeria Municipal convidou o programador e editor de música Paulo Vinhas a desenvolver um projeto expositivo que propõe uma retrospetiva de cinco décadas de força e inquietação na criação musical portuense nas suas diferentes expressões e aventuras sonoras, desde a música erudita à de contestação, até à música experimental e às músicas eletrónicas, através do mapeamento das diferentes práticas musicais surgidas entre 1960 e 2010.
Focada nos impulsos de rutura protagonizados por artistas, divulgadores e movimentos que transformaram a divergência do seu contexto periférico num catalisador de energia, esta exposição tem como intenção primordial a documentação de uma história musical diversificada que contribuiu decisivamente para moldar o panorama da música portuguesa, abrindo novos horizontes que, em muitos casos, extravasaram as suas fronteiras originais para se projetarem na cena artística do seu tempo.”
[EN]
“Throughout its history, the city of Porto has built a reputation for avant-garde and sonic freedom, which has led to the recognition of key figures in contemporary Portuguese culture. The Municipal Gallery invited music programmer and editor Paulo Vinhas to develop an exhibition project that proposes a retrospective of five decades of strength and restlessness in Porto’s musical creation in its various expressions and sonic adventures, ranging from classical music to protest music, to experimental and electronic music, by mapping the different musical practices that emerged between 1960 and 2010.
Focused on the disruptive impulses led by artists, promoters, and movements that transformed their peripheral context’s divergence into a catalyst for energy, this exhibition’s primary intent is to document a diverse musical history that has decisively contributed to shaping the Portuguese music landscape, opening new horizons that, in many cases, have transcended their original boundaries to project themselves onto the artistic scene of their time.”